Evolução tecnológica – quando um produto fica obsoleto?
Por Sandro Lopes, em 15/05/2013 www.taskblog.com.br
Fatos
Primeiro: A evolução de hardware e software nem sempre andam juntas.
Segundo: Todos os dias surgem novidades,
se o lançamento de um produto for adiado cada vez que um novo recurso
aparecer, este produto nunca será lançado.
Terceiro: Algumas vezes o lançamento de
um produto é forçado por fatores externos, como aconteceu no Brasil com o
REP (Registrador Eletrônico de Ponto).
A Portaria 1510 do Ministério do
Trabalho criou o REP com a finalidade específica de registro de ponto e o
que estamos observando neste momento é fruto da percepção do MTE que se
faz necessário evoluir e aprimorar a especificação deste equipamento.
Isto é muito comum em equipamentos eletrônicos – o uso enseja a criação
de novos modelos com novas especificações, funcionalidades e
facilidades.
O REP surgiu como uma necessidade de
melhorar a forma de registrar e armazenar as marcações de ponto dos
funcionários. Este processo, por sua vez, sofre mudanças constantes seja
por ordem legal, como alterações na lei trabalhista, seja por acordos
sindicais. Desta forma, alterações no REP se tornarão necessárias,
fazendo com que a evolução deste equipamento passe por um processo
natural de amadurecimento e melhorias conforme estas alterações forem se
tornando obrigatórias. Porém o problema é um pouco mais complicado,
porque não é possível deixar de lado o fator financeiro e moral, já que
as empresas e fabricantes fizeram um grande investimento para se
adequarem a estas novas regras.
Alguns outros fatores influenciam no
tempo de vida de um produto. Vejamos um exemplo: para lançar um software
é necessário definir requisitos, recursos do sistema operacional,
consumo de hardware com processamento, memória e rede, e o público alvo.
E além disso, responder as seguintes perguntas: esta nova versão irá
facilitar ou melhorar o uso de alguma tecnologia atual? Alguma
necessidade não contemplada pelos equipamentos e sistemas atuais será
atendida? Ou este lançamento se trata de uma mudança de conceitos ou
modo de operação? Em sua época, o mouse foi uma revolução tecnológica
para o uso dos caríssimos computadores, e também foi uma revolução na
forma de interação entre usuário e computador. Atualmente, telas
sensíveis ao toque e outros recursos dos tablets foram incorporados nos
celulares mudando o conceito que tínhamos sobre a forma de uso e a
finalidade de um aparelho celular.
Não adianta incluir em um equipamento ou
sistema um novo recurso somente porque se trata de uma novidade, é
preciso identificar qual será a utilidade deste novo recurso para o
usuário final, e de que forma irá agregar em valor e funcionalidade.
Assim que novos recursos são lançados
comercialmente, é iniciada a contagem regressiva para ficarem obsoletos e
descontinuados – este é o ciclo de vida dos programas e equipamentos da
atualidade. Neste momento uma decisão muito importante deve ser tomada –
quando será o fim da vida deste produto? A partir de quando ele estará
oficialmente descontinuado e passará a ter suporte restrito, reposição
de peças cancelada ou a produção de patches de correção suspenso? Em
algumas situações a empresa é forçada a descontinuar um produto, devido
ao seu fornecedor deixar de fabricar determinado componente, mas em uma
outra situação a própria empresa se obriga a uma evolução e melhoria
constante, determinando uma data para declarar que um produto ou serviço
está obsoleto, como podemos ver no caso abaixo:
Caso Microsoft
Podemos tomar como exemplo a política de
ciclo de vida para suporte utilizada pela Microsoft: os sistemas
desenvolvidos por este fabricante terão o seu suporte descontinuado após
5 anos a partir da data de início do ciclo de vida do produto, ou por 2
anos após o lançamento do produto sucessor. O novíssimo Windows 8 e o
Windows Server 2012, que foram comercialmente lançados em Outubro de
2012, terão o seu suporte descontinuado em Janeiro de 2018 e o suporte
estendido até Janeiro de 2023. Desta forma a empresa se obriga a sempre
estar aperfeiçoando os seus produtos. (Fonte: http://support.microsoft.com/gp/lifeselectindex e http://support.microsoft.com/gp/lifepolicy)
Conclusão
São várias vertentes que definem quando
um sistema ou equipamento passam a ficar obsoletos e precisam ser
substituídos. Temos envolvido nesta decisão fatores financeiros,
jurídicos, comerciais, tecnológicos, funcionais, além de conceitos,
opiniões e necessidades de cada pessoa ou empresa.
A Task Sistemas utiliza hoje alguns dos
recursos tecnológicos mais atuais na construção dos seus sistemas e
equipamentos, como aplicativos em plataforma webservices, equipamentos
que utilizam protocolos e recursos padrões de mercado, além de aderência
total as normas e políticas trabalhistas mais atuais e aos melhores
conceitos de segurança utilizado pelo mercado.
Temos um bom exemplo disso na câmeras de monitoramento. Administro uma rede de lojas e nas reformas, sempre deixei o cabeamento coaxial pronto para instalação de câmeras, primeiro em placas genéricas depois na famosa Geovision. Hoje, começamos a migrar o sistema para câmeras IP, e por hora não vejo desvantagens no novo sistema digital sobre o analógico. Maior qualidade de imagem, possibilidade de movimentação, captura de áudio, isso sem falar nas dores de cabeça ao descobrir um cabo rompido no meio de uma parede de gesso e outras.
ResponderExcluirEu acredito que o avanço tecnológico, claro, é sempre um aliado quando falamos em consumidores, mas para os lojistas, nem sempre. Sou da opinião que depende do cliente o nível de tecnologia que será usado, pois em serviços de segurança simples não é necessário o último modelo para se fazer um bom serviço. Câmeras de segurança são um bom exemplo, pois modelos tradicionais e confiáveis, como este http://adrita.com.br/index.php?pp=&cc=531&ss=536&pe=712, podem muito bem proteger uma casa...
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